Meu nome é Sabrina e minha viagem rumo ao meu real propósito de vida iniciou a dois anos quando, graças a um AVC, descobri que sou mortal. Sim, eu sou mortal! E sinto informar, mas você também é. E pior, nossa viagem pode acabar a qualquer momento, sem nenhum aviso. É justamente por isso que precisamos tomar posse de nossas vidas e começar imediatamente a sermos felizes! Então, te convido a ter atitudes imediatas rumo à felicidade a partir de agora.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
O Mashmallow nosso de cada dia...
Senta que lá vem a história...
No início dos anos 70, um pesquisador chamado Walter Mischel, resolveu atormentar inocentes crianças de 4 anos de idade, da escola de aplicação da Universidade de Stanford. Walter mostrava um mashmallow à criança e logo em seguida dizia que precisava sair da sala por alguns minutos e, se o pobre inocente resistisse à tentação daquele mashmallow, quando Walter voltasse à sala, daria outro mashmallow como prêmio pela resistência da vítima. Quando o pesquisador saia da sala, as crianças tentavam todo tipo de estratégia para resistir àquela tentação. Eles cantavam, puxavam os cabelos, viravam de costas, cheiravam o mashmallow... Em média as crianças aguentavam menos de 3 minutos e apenas 3 em cada 10 resistiam até que o pesquisador retornasse e as recompensasse com o segundo mashmallow.
Mas afinal, por que falar de crianças sendo tentadas por doces? Simples! A alguns dias, estava assistindo uma das minhas série favoritas da National Geographic, que se chama "Truques da Mente". Naquele episódio o tema era "Vício" e consequentemente foi apresentado o teste do mashmallow. Até aí tudo normal. O teste da força de vontade de crianças na primeira infância frente a uma doce tentação. Lindo, lúdico, engraçadinho... Mas, na sequencia do episódio, foi mostrado um segundo experimento. Desta vez as "cobaias" eram adultos com idades entre 25 e 35 anos. Nenhum doce foi colocado na sala. Somente um pedido foi feito ao grupo: que enquanto estivessem naquela sala, não poderiam usar seus celulares. Assim, cada um dos participantes colocou seu aparelho celular sobre uma mesa logo a frente deles. Em seguida o instrutor pede que eles aguardem alguns minutos, pois ele precisará se ausentar da sala.
As pessoas acreditam que estão naquela sala para participar de uma pesquisa sobre um novo programa de TV, e que seriam pagos por isso, a menos que pegassem seus celulares, e fossem desclassificados. Acontece que 5 minutos depois que o instrutor saiu da sala um primeiro candidato pegou seu celular. Alguns minutos depois um segundo participante também pegou seu aparelho.
Mais alguns minutos se passaram e a produção do programa começo a ligar para os aparelhos que estavam sobre a mesa. Então, 80% dos participantes não só atendeu ao telefone como também passou a usá-lo a partir daí para fazer ligações ou navegar na internet. Peguntados depois por que colocaram seu pagamento a perder e atenderam os aparelhos, os participantes disseram que era como uma compulsão, era mais forte do que eles...não conseguiam resistir...
Afinal, por que nos tornamos tão dependentes desses aparelhos? Cientistas justificam essa dependência pela recompensa que nosso cérebro recebe (liberação de dopamina) na expectativa de vermos um novo e-mail ou mensagem, checar as notícias ou a previsão do tempo... Portanto, nos tornamos viciados, dependentes das nossas doses de dopamina a cada minuto. Mas esse vício seria um vício inocente, visto que somos dependentes de "curtidas" para liberação de um neurotransmissor, sem fazermos uso de substância ilícitas, não fosse as consequências sob nossa relações pessoais.
Em uma das minhas 1.235.638.971... consultas diárias ao Facebook, li um artigo de uma mãe de gêmeos que, ao se perceber distante do convívio com os filhos, em função da sua dependência em redes sociais, passou a observar como os filhos se comportavam enquanto ela estava online. Foi então que ela percebeu que as crianças faziam de tudo para chamar sua atenção, elas estavam disputando a mãe com o mundo virtual, onde as relações humanas se resumem à "fogueira das vaidades". Felizmente essa mãe percebeu isso a tempo de se dedicar mais ao mundo real, onde vivem seus filhos. Mas e nós, estamos vivendo em busca do mashmallow das redes sociais ou conseguimos perceber satisfação no nosso mundo real?
obs: antes de acabar esse texto, gostaria de perguntar quantas vezes você olhou para o celular ou passou imerso no mundo virtual nessa última hora? Confesso que consultei o meu várias vezes, enquanto escrevia este texto!
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