"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
Essa é uma das minhas citações preferidas do livro "O Pequeno Príncipe". Nem sei dizer quantas vezes li "O Pequeno Príncipe", mas com certeza, cada vez que li entendi a história de 1000 formas diferentes. A história do principezinho que vivia no seu planetinha e um belo dia sai em viagem até chegar na Terra e encontrar um aviador que havia caído no meio do deserto, era só uma história cheia de estranhezas na primeira vez que que li esse livro, ainda na infância.
Na infância, a passagem inicial do elefante engolido pela jiboia, que era insistentemente confundido com um chapéu pelos adultos de visão engessada, era para mim a melhor parte do livro do principezinho, que se dedicava a uma rosa mimada.
Uma história tão singela e tão profunda quanto a amizade entre o príncipe e a raposa.
Lembro bem de sempre ouvir a piada pronta sobre "o livro preferido das misses". Isso porque nos concursos de miss, a pergunta insistentemente feita sobre qual o livro preferido das candidatas, era invariavelmente respondida referenciando o livro do príncipe viajante. Esse fato fez com que o livro fosse tido como um símbolo de inocência, ou quem sabe, um livro bobinho, sem muita importância.
Mas não pra mim. A cada leitura uma nova visão da história, dos personagens, das mensagens subliminares... Tão simples e ao mesmo tempo tão complexo.
O fato é que até hoje gosto de retomar essa leitura. A mesma história de sempre, mas sempre com encanto singular.
Uma das últimas vezes que li, resolvi saber um pouco mais sobre o autor da história, Antoine de Saint-Exupéry. O autor era piloto do exército e colecionava diversas lesões remanescentes de suas missões durante a Segunda Guerra Mundial. Mas o fato que mais uma vez me remeteu a história do principezinho foi que Saint-Exupéry desapareceu durante um voo para Borgo, Córsega em julho de 1944. Desapareceu! Desapareceu? Duvido! Para quem conhece a história, sabe que o aviador nunca esqueceu o principezinho. Para quem "viveu" a história, assim como eu, tem certeza que Saint-Exupéry não desapareceu simplesmente, ele encontrou o planetinha, e até hoje divide os cuidados com a rosa e com os baobás.
4 comentários:
Lindo texto! Li ouvindo tua voz. Cada vez vejo mais desenvoltura nas tuas postagens.. Adoro as imagens nos meio texto :) se encaixam super bem. Parabéns. Bjao
Adorei amor... tá te puxando nas postagens...parabéns
Adorei amor... tá te puxando nas postagens...parabéns
De fato Sabrina, o essencial é mesmo invisível aos olhos, feliz daquele que conseguem enxergar isso...adorei o texto!
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