Acho que assisti ao filme “Patch Adams – O Amor é Contagioso”, no mínimo umas 10 vezes. Seria capaz de assistir mais 10 vezes, sem piscar, exceto nas cenas que quase morro chorando! Esse filme foi lançado em 1998, é estrelado por Robin Williams, e como se isso não fosse suficiente, ele é baseado em fatos reais. Bom, como ele é baseado em fatos reais, dei um google (sempre quis usar essa expressão) para conhecer o Patch Adams da vida real. Quando as fotos daquela figura mega pitoresca apareceram, logo percebi que aquele ali deveria ser muito mais interessante do que o personagem hollywoodiano.
Hunter Doherty “Patch” Adams nunca teve uma vida que pudesse ser chamada de “normal” (que sorte a dele). Decidiu estudar medicina depois de passar por uma clínica psiquiátrica com depressão profunda e uma tentativa de suicídio. Essa decisão baseou-se no fato dele acreditar que cuidar do próximo é a melhor forma de esquecer os seus próprios problemas. Assim, em 1972 ele fundou o Instituto Gesundheit que atende gratuitamente aos pacientes. E chega de informações “by Wikipédia”!
O fato é que Patch (que significa “remendo”, e agora chega mesmo de bancar a Wikipédia), diferente do que prega o filme, não gosta de se referir à cura pelo riso. Na verdade seu legado se baseia na amizade. Olhar nos olhos, tocar, sorrir, abraçar... se conectar ao paciente.
Foi a partir desse conceito que foram criados os doutores da alegria, ONG voltada a ajudar, principalmente crianças, na recuperação através da alegria, do humor e da diversão.
Ao fazer um trabalho da faculdade fui apresentada à Carl Rogers. Foi amor à primeira, segunda, terceira... vista. Carl Rogers foi um psicólogo norte americano cuja linha teórica é conhecida como “Abordagem Centrada na Pessoa”. Essa teoria se baseia no fato de que o cliente (para Rogers chamar as pessoas de pacientes conota que os mesmos são portadores de doença) era tratado como um ser completo, que precisa ser compreendido. Basicamente Rogers usava de empatia para criar conexão com as pessoas.
Tanto Patch quanto Rogers têm/tinham como foco A PESSOA. E na pessoa reside a singularidade. Cada um é cada um. Não à generalização! Pessoas são únicas e devem ser tratadas como tal.
Eu sou diferente de você e vice-versa, e é justamente essa a beleza da existência humana. O problema é que muitas pessoas não aceitam, e pior, não respeitam isso.
Respeito é essencial à existência tanto humana quanto à animal e a vegetal. Respeito é básico para entender que
não quer dizer
não. Respeito é parte fundamental de qualquer relacionamento saudável. E, principalmente, é por respeitar a mim mesmo e à você que está lendo, que finalizo agora esse texto afirmando:
“Antes de dizer qualquer coisa para qualquer pessoa, pare e pense como você se sentiria se dissessem isso para você.”
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