domingo, 26 de junho de 2016

"Quem tem Medo do Ridículo???"

Essa semana minha filha chegou da escola com um livro em mãos e um incumbência: fazer uma apresentação com a história do livro. Quem me conhece sabe que isso foi dar doce pra criança, né? A-D-O-R-E-I!!!!! Principalmente depois que li o título do livro "Quem tem Medo do Ridículo?" (Ruth Rocha). Agora me responda: quem não tem medo do ridículo? Talvez alguém que sofra de algum transtorno psicológico de personalidade, tipo "narcisismo". Mas os demais seres, dentre os milhões de medos que sentem, tem sim medo do ridículo.
O livro é fantástico!!!! Logo no início ele apresenta diversos tipos de medo como o medo do escuro, de fantasma, de ladrão... Mas o medo do ridículo, mesmo quem não teme fantasma, escuro, altura, ladrão... já deve ter tido, no mínimo, uma situação em que travou ou desistiu de algo, por causa do tal medo do ridículo.
"O que vão dizer de mim?", "O que os outros vão pensar", "Que vergonha!!!!!"... Preciso confessar que, pelo menos uma vez por dia, o medo do ridículo me trava. As vezes penso umas 20 vezes antes de dizer algo e depois desisto, porque "vai que me entendam mal! fica chato, né?". Ou quando estou me vestindo e fico imaginando que mensagem a roupa que estou colocando vai passar: "como ela engordou!", "nossa, hoje ela perdeu a noção do ridículo", "que roupa é essa? Coisa mais esquisita!".
As vezes, ao passar a marcha do carro, dou aquela arranhada, e imediatamente fico pensando se alguém percebeu: "putz! tão me chamando de barbeira!". Ou quando vou estacionar e fico pensando que está todo mundo olhando se eu vou fazer algo de errado ou se o carro vai ficar torto, mau estacionado... Já pensou que vergonha? O que vão dizer de mim?
Isso tudo sem mencionar as ocasiões em que eu tenho que falar em público, fazer uma apresentação, me expor de alguma forma... Mas e se eu esquecer o que tenho que dizer? E se eu errar ou falar besteira?
Já disse isso por aqui, mas vou repetir essa breve história: sempre adorei escrever. Na verdade, sempre amei ler e escrever. As poucas pessoas com quem eu repartia essas paixões sempre me incentivaram a levar a sério esse "hobby". Até que um dia resolvi fazer um blog para dar vazão a essa vontade tão antiga. E fiz. Nasceu aí o atitudeparafelicidade.blogspot.com que você está acessando neste momento. Me divirto postando meus textou e me realizo recebendo feedback das pessoas que passam por aqui. E, mesmo assim, toda vez que estou criando um texto, um mesmo pensamento insiste em "martelar" na minha cabeça até eu apertar o botão "enviar": "poxa, esse texto tá fraquinho! tá bobinho demais! o que as pessoas vão pensar de mim depois de ler isso? melhor não postar!"
Mas aí, contrariando todo o meu "eu racional", o bichinho do "dane-se", que eu venho cultivando com muita parcimônia, toma posse do teclado do computador e "pá"!!!!! Foi!!! Tá postado!!!
Claro que aí os pensamento mudam para: "ninguém vai ler, para que se preocupar? mas e se alguém ler?? o que vão achar????" Aí chega o bendito bichinho e "DANE-SE"!!
Mas voltando ao livro, ele acaba dizendo o seguinte: "Se pensarmos um bocado, chegamos à conclusão que ridículos são todos: depende da ocasião! Por isso, cada um de nós será ridículo quando ficar muito preocupado com o que os outros estão pensando." E é bem assim mesmo! Todos somos ridículo e portanto é normal ser ridículo. Mas ridículo mesmo é se deixar travar pelo medo de ser julgado ridículo.
E mais ridículo que tudo isso, é eu estar aqui pensando se vou postar esse texto, porque pode parecer ridículo uma mulher de quase 40 anos fazendo um texto sobre um livro infantil. Ridículo? Não. O único ridículo é se deixar levar pelo medo do ridículo!

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