terça-feira, 28 de junho de 2016

Pra frente é que se anda!

A vida é feita de altos e baixos. Existem pessoas que vivem desconfiadas caso tudo esteja dando "certo demais". Outras vivem a "síndrome da hiena Hardy" (Ó céus! Ó vida! Ó azar!). Nem precisa tentar porque não vai dar certo mesmo!!!

Na minha humilde opinião, extremos nunca são bons. Tudo sempre vai ter um lado bom e outro nem tanto. Sendo assim, eu escolho viver o hoje da melhor forma possível. É isso: viver o hoje, viver o AGORA. Estar presente no agora!

 

 Não pretendo ignorar o passado e muito menos desdenhar do futuro. Só quero viver profundamente o momento presente, porque ele é o que se tem. O que nos aconteceu é muito importante porque foi o que nos fez quem somos hoje, sendo isso bom ou ruim. O planejamento futuro também é importante, pois para quem não sabe onde ir qualquer caminho serve, já diria o gato da Alice (aquela do País das Maravilhas). 

 
 
Mas o presente...não é atoa que se chama presente! Portanto não faça desfeita com a vida! Se alguém te oferece um presente você deve aceitar, agradecer e valorizar ao máximo aquilo que te deram. Isso é o que se deve fazer com um presente, consequentemente isso é o que deve ser feito com o momento presente: aceitar, agradecer e valorizar o que se apresenta! Se não é o que você esperava, paciência! Nem sempre deixamos claro aquilo que queremos. É por isso que devemos saber sempre o que queremos e se estamos dando passos na direção desse objetivo. 

 

Se for preciso remar contra a maré, reme! Se o caminho é longo, dê o primeiro passo. Se cansar, se desistir, comece outra vez. Você nunca terá certeza de nada, nem se o que está buscando é realmente o que vai te fazer feliz. As vezes não é. Às vezes não dá certo. Então recomece. Só não desista. Nunca desista! Comece, recomece e comece quantas vezes for preciso! O importante é viver, de verdade, o presente, ainda que seja um "presente de grego". #go

 

domingo, 26 de junho de 2016

"Quem tem Medo do Ridículo???"

Essa semana minha filha chegou da escola com um livro em mãos e um incumbência: fazer uma apresentação com a história do livro. Quem me conhece sabe que isso foi dar doce pra criança, né? A-D-O-R-E-I!!!!! Principalmente depois que li o título do livro "Quem tem Medo do Ridículo?" (Ruth Rocha). Agora me responda: quem não tem medo do ridículo? Talvez alguém que sofra de algum transtorno psicológico de personalidade, tipo "narcisismo". Mas os demais seres, dentre os milhões de medos que sentem, tem sim medo do ridículo.
O livro é fantástico!!!! Logo no início ele apresenta diversos tipos de medo como o medo do escuro, de fantasma, de ladrão... Mas o medo do ridículo, mesmo quem não teme fantasma, escuro, altura, ladrão... já deve ter tido, no mínimo, uma situação em que travou ou desistiu de algo, por causa do tal medo do ridículo.
"O que vão dizer de mim?", "O que os outros vão pensar", "Que vergonha!!!!!"... Preciso confessar que, pelo menos uma vez por dia, o medo do ridículo me trava. As vezes penso umas 20 vezes antes de dizer algo e depois desisto, porque "vai que me entendam mal! fica chato, né?". Ou quando estou me vestindo e fico imaginando que mensagem a roupa que estou colocando vai passar: "como ela engordou!", "nossa, hoje ela perdeu a noção do ridículo", "que roupa é essa? Coisa mais esquisita!".
As vezes, ao passar a marcha do carro, dou aquela arranhada, e imediatamente fico pensando se alguém percebeu: "putz! tão me chamando de barbeira!". Ou quando vou estacionar e fico pensando que está todo mundo olhando se eu vou fazer algo de errado ou se o carro vai ficar torto, mau estacionado... Já pensou que vergonha? O que vão dizer de mim?
Isso tudo sem mencionar as ocasiões em que eu tenho que falar em público, fazer uma apresentação, me expor de alguma forma... Mas e se eu esquecer o que tenho que dizer? E se eu errar ou falar besteira?
Já disse isso por aqui, mas vou repetir essa breve história: sempre adorei escrever. Na verdade, sempre amei ler e escrever. As poucas pessoas com quem eu repartia essas paixões sempre me incentivaram a levar a sério esse "hobby". Até que um dia resolvi fazer um blog para dar vazão a essa vontade tão antiga. E fiz. Nasceu aí o atitudeparafelicidade.blogspot.com que você está acessando neste momento. Me divirto postando meus textou e me realizo recebendo feedback das pessoas que passam por aqui. E, mesmo assim, toda vez que estou criando um texto, um mesmo pensamento insiste em "martelar" na minha cabeça até eu apertar o botão "enviar": "poxa, esse texto tá fraquinho! tá bobinho demais! o que as pessoas vão pensar de mim depois de ler isso? melhor não postar!"
Mas aí, contrariando todo o meu "eu racional", o bichinho do "dane-se", que eu venho cultivando com muita parcimônia, toma posse do teclado do computador e "pá"!!!!! Foi!!! Tá postado!!!
Claro que aí os pensamento mudam para: "ninguém vai ler, para que se preocupar? mas e se alguém ler?? o que vão achar????" Aí chega o bendito bichinho e "DANE-SE"!!
Mas voltando ao livro, ele acaba dizendo o seguinte: "Se pensarmos um bocado, chegamos à conclusão que ridículos são todos: depende da ocasião! Por isso, cada um de nós será ridículo quando ficar muito preocupado com o que os outros estão pensando." E é bem assim mesmo! Todos somos ridículo e portanto é normal ser ridículo. Mas ridículo mesmo é se deixar travar pelo medo de ser julgado ridículo.
E mais ridículo que tudo isso, é eu estar aqui pensando se vou postar esse texto, porque pode parecer ridículo uma mulher de quase 40 anos fazendo um texto sobre um livro infantil. Ridículo? Não. O único ridículo é se deixar levar pelo medo do ridículo!

terça-feira, 21 de junho de 2016

Happy (#100HappyDaysAgain)

O que você quer?
O documentário "Happy" começa fazendo essa pergunta às pessoas na rua. A resposta: "ser feliz".
Até aí tudo normal, afinal quem não quer ser feliz? Mas o caso é "onde está essa felicidade". Você sabe onde está a sua felicidade? Nesse documentário de 75 minutos, pessoas de lugares como Índia, Butão, Dinamarca falam do que é felicidade para cada uma delas. Mesmo diante das maiores adversidades como no caso da mulher desfigurada em um acidente onde foi arrastada por um carro, passando anos em cirurgias complicadas que nunca conseguiram lhe reconstituir uma aparência adequada, se diz mais feliz hoje do que antes do acidente.
De acordo com estudos, a felicidade é 50% um fator genético, isto é, você tem ou não a predisposição a ser feliz, e isso compõe até 50% da sua possibilidade de felicidade total. 40% da sua felicidade é intencional, você busca ser feliz. E, finalmente, os 10% restantes são fatores circunstanciais (onde você mora, o que você faz, quanto você ganha...). Sabe o que isso quer dizer? Que você pode escolher ver o copo meio cheio, ainda que você já nasça com ele meio vazio. Suas escolhas implicam em 40% das suas chances de ser uma pessoa feliz. Em outras palavras: VOCÊ PODE DECIDIR SER FELIZ OU NÃO!
Ainda existem aqueles 10% circunstanciais que te dão a chance de aumentar seu nível de dopamina (neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer) no organismo através de exercícios físicos, relações interpessoais (vínculos), experiências (viagens, voluntariado)...
Importante também salientar que a felicidade é obtida através de dois tipos de metas: intrínsecas (satisfação pessoal, experiências) e extrínsecas (dinheiro, fama). A diferença principal entre essas metas é que as intrínsecas (vem de dentro) tem duração maior do que as extrínsecas (vem de fora). Exemplo: você fica feliz em receber um aumento salarial, não é? 99,99% de chance de sua resposta ter sido afirmativa. Mas essa felicidade tem uma duração bastante limitada, pois, mesmo que você tenha ganho na Mega, seus padrões e necessidades irão mudar com o tempo e o que antes te satisfazia agora se tornou banal. Carros cada vez mais caros, jóias, mansões... por mais absurdo que isso possa parecer, a felicidade obtida através de fatores externos a você, como neste caso o dinheiro,precisa ser alimentada constantemente por níveis mais elevados desse fator. É como o uso de uma droga (exagerando um pouco). Você acostuma com a dose e ela já não te satisfaz mais. Então você busca cada vez mais para alimentar uma satisfação fugaz.
Acredite se quiser, mas existe uma síndrome chamada de "síndrome da felicidade" onde a pessoa entra em depressão por tudo estar bem demais, por tempo demais. Porque até para se sentir realmente feliz é preciso que exista um contraponto. É preciso lutar ou até de fugir para que a felicidade seja alcançada. Quando ela se torna uma situação corriqueira e cotidiana, a pessoa adoece. Por isso podemos nos deparar com situações onde pensamos: "mas por que aquela pessoa está deprimida se tem tudo que qualquer um pode querer, o tempo todo?"
Se dinheiro fosse garantia de felicidade o Japão teria uma das nações mais felizes do mundo. No entanto os índices de suicídio e de karoshi (morrer de tanto trabalhar) são altíssimos por lá.
No entanto a felicidade que "vem de dentro" dura mais. As experiências se transformam em emoções e as emoções deixam marcas. As lembranças de uma viagem, a primeira vez que o nenê chutou dentro da barriga, reencontrar uma pessoa muito querida, o abraço confortante de um amigo, um elogio sincero... O tempo passa mas as sensações que a recordação destas lembranças trazem permanecem. Esse é o tipo de felicidade que fica.
Ano passado abracei um desafio transformador: ser feliz por 100 dias seguidos. O desafio era mundial e todo santo dia era preciso identificar uma situação, um fato, uma experiência que tenha te deixado feliz. As pessoas usavam as redes sociais para postar fotos ou relatos com #100happydays seguido da contagem dos dias. Foi uma das melhores experiências que eu tive porque, apesar de no início parecer difícil, além de meio bobinho, esse desafio criou em mim o hábito de identificar situações felizes durante o dia que antes passavam desapercebidas. Criei um faro para felicidade que cultivo até hoje para não correr o risco de "enferrujar" o hábito que se tornou automático e que me fez perceber o quão privilegiada e feliz eu sou.
Sendo assim resolvi retomar formalmente os #100happydays. A partir de amanhã irei retomar a prática de perceber e, sempre que possível ou coerente, exibir nas redes sociais os meus momentos felizes sob a hashtag #100HappyDaysAgain. Vamos nessa?

segunda-feira, 13 de junho de 2016

A Chifrada da Búfala

"O susto, a perspectiva inédita da morte num segundo, as dores e as restrições de mobilidade provocaram em mim o que hoje chamo de "epifania disruptiva". A chifrada da búfala mudou minha vida."
Esse parágrafo faz parte do início do livro "Ganhar, Gastar, Investir - O Livro do Dinheiro para Mulheres" de Denise Damiani e Cynthia de Almeida. O objetivo desse livro é fazer com que as mulheres aprendam a lidar melhor com o próprio dinheiro. Tenho ouvido falar muito deste livro ultimamente, e não resisti. Até porque além de leitora compulsiva de livros, também me enquadro nesse grupo de mulheres que precisam criar uma relação mais saudável com o dinheiro.
Qual não foi a minha surpresa ao encontrar o parágrafo acima logo no início do livro. Comecei a leitura esperando encontrar uma série de instruções e estratégias, mas me deparo com a chifrada da búfala sofrida pela autora. Imediatamente pensei na minha "chifrada de búfala", ou melhor, minha "epifania disruptiva".
* EPIFANIA: sensação de compreender o sentido de algo.
* DISRUPTIVA: o quê interrompe o segmento normal de um processo.
Sim! Eu tive a minha "chifrada de búfala", meu "divisor de águas", e foi essencial para que eu pudesse ver o mundo como eu vejo hoje. Os cheiros, os sons, as imagens... tudo percebido no momento presente (o único que existe, porque o passado já foi, portanto nada mais pode ser feito quanto à ele, e o futuro talvez nem chegue, não existem garantias).
Quais são seus cheiros favoritos? Eu adoro o cheiro do café passado na hora (mesmo não tomando café), cheiro de canela, de terra molhada de chuva, de churrasco (não só o cheiro)... Minha memória olfativa me desperta ótimas sensações. E você? Tem aromas, músicas ou talvez imagens que te despertam emoções? Que música te faz sonhar acordado, ou quem sabe, lembrar de alguém? Não sabe? Nunca parou pra pensar nos sentimentos que são despertados em você pelos seus sentidos?
Então a dica hoje é essa: identifique ao menos um sabor, um cheiro, um som, uma imagem ou um toque que te desperte sensações boas. Exercite seus sentidos. Não espere por uma "chifrada de búfala" para isso.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Respeito: use sem moderação!

Acho que assisti ao filme “Patch Adams – O Amor é Contagioso”, no mínimo umas 10 vezes. Seria capaz de assistir mais 10 vezes, sem piscar, exceto nas cenas que quase morro chorando! Esse filme foi lançado em 1998, é estrelado por Robin Williams, e como se isso não fosse suficiente, ele é baseado em fatos reais. Bom, como ele é baseado em fatos reais, dei um google (sempre quis usar essa expressão) para conhecer o Patch Adams da vida real. Quando as fotos daquela figura mega pitoresca apareceram, logo percebi que aquele ali deveria ser muito mais interessante do que o personagem hollywoodiano.
Hunter Doherty “Patch” Adams nunca teve uma vida que pudesse ser chamada de “normal” (que sorte a dele). Decidiu estudar medicina depois de passar por uma clínica psiquiátrica com depressão profunda e uma tentativa de suicídio. Essa decisão baseou-se no fato dele acreditar que cuidar do próximo é a melhor forma de esquecer os seus próprios problemas. Assim, em 1972 ele fundou o Instituto Gesundheit que atende gratuitamente aos pacientes. E chega de informações “by Wikipédia”!
O fato é que Patch (que significa “remendo”, e agora chega mesmo de bancar a Wikipédia), diferente do que prega o filme, não gosta de se referir à cura pelo riso. Na verdade seu legado se baseia na amizade. Olhar nos olhos, tocar, sorrir, abraçar... se conectar ao paciente.
Foi a partir desse conceito que foram criados os doutores da alegria, ONG voltada a ajudar, principalmente crianças, na recuperação através da alegria, do humor e da diversão.
Ao fazer um trabalho da faculdade fui apresentada à Carl Rogers. Foi amor à primeira, segunda, terceira... vista. Carl Rogers foi um psicólogo norte americano cuja linha teórica é conhecida como “Abordagem Centrada na Pessoa”. Essa teoria se baseia no fato de que o cliente (para Rogers chamar as pessoas de pacientes conota que os mesmos são portadores de doença) era tratado como um ser completo, que precisa ser compreendido. Basicamente Rogers usava de empatia para criar conexão com as pessoas.
Tanto Patch quanto Rogers têm/tinham como foco A PESSOA. E na pessoa reside a singularidade. Cada um é cada um. Não à generalização! Pessoas são únicas e devem ser tratadas como tal.
Eu sou diferente de você e vice-versa, e é justamente essa a beleza da existência humana. O problema é que muitas pessoas não aceitam, e pior, não respeitam isso.
Respeito é essencial à existência tanto humana quanto à animal e a vegetal. Respeito é básico para entender que não quer dizer não. Respeito é parte fundamental de qualquer relacionamento saudável. E, principalmente, é por respeitar a mim mesmo e à você que está lendo, que finalizo agora esse texto afirmando:
“Antes de dizer qualquer coisa para qualquer pessoa, pare e pense como você se sentiria se dissessem isso para você.”

domingo, 5 de junho de 2016

Escreva, apenas escreva!

E lá estava eu devorando mais um livro. Sim, eu sou viciada, completamente viciada em ler. Nem panfleto escapa. Jornal, revista, livro, e-book... preciso estar sempre na companhia de um deles para me sentir bem. Mas eu não vim aqui falar sobre isso. Eu vim falar sobre o livro da vez: "Criativo e Empreendedor, sim senhor - Rafa Cappai". Conheci a autora do livro, no mês passado, durante o evento "Conexão Primeiro Passo". Foi a primeira vez que vi a Rafa e de cara já simpatizei pela fala direta e reta. Encerrada a palestra fui correndo atrás do livro dela. Mas foi só na semana passada que me aventurei em suas páginas. Ele foi o eleito para me acompanhar em uma viagem de férias com a família, e não decepcionou.
O livro é daqueles que te chacoalha. Com uma linguagem simples e envolvente ele lança afirmações que parecem óbvias, mas que são essenciais e precisam ser ditas, ouvidas e repetidas incessantemente.
"... a coisa mais importante da sua vida é a sua vida´."
"... a gente não encontra o pote de ouro. A gente cria o pote de ouro."
" A gente nasce diferente, mas é educado para se "normalizar", encontrar iguais."
"Eu preciso garantir que o outro seja quem ele é, porque só assim protejo também o meu direito de ser quem eu sou. E vice-versa."
Bom, mas o que eu realmente quero comentar é sobre a proposta final do livro. Diante da "conscientização" sobre a necessidade de viver a vida que se deseja, o livro propõe que o leitor utilize as últimas quatro páginas (em branco até então) para escrever. Só isso: escrever. Ele diz: "Escreva, apenas escreva. Invente. Nada mais no mundo existe ... Nesse momento você não quer ganhar um prêmio de literatura, não quer milhões de elogios, nem vender zilhões de cópias. Nesse momento quer apenas criar."
E foi o que eu fiz. Deixei as palavras fluírem livremente no papel. E gostei tanto do resultado que vou transcreve-lo aqui:
"Eu adoro escrever. Escrever me faz bem. As palavram fluem com facilidade. É automático. É quase mágico. Só escrevendo eu consigo dizer tudo que eu quero, do jeito que eu quero. É escrevendo que eu me faço entender. Eu adoro papel, caneta, caderno, jormal, revista... e tão bom quanto escrever é ler. Adoro cheiro de livro e adoro a ideia de ter um mundo inteiro me esperando naquelas páginas. Acho que sou viciada em palavras. Sonho com uma biblioteca só minha. Um verdadeiro sonho: me perder entre enormes prateleiras cheias de possibilidades, de novidades. Desde criança tenho obsessão por tudo que possa ser lido, preenchido, colorido, decorado... Nunca fui muito interessada por brinquedos, roupas, sapatos, mas por livros e revistas... ficava louca ao avistar uma banca de revistas. Economizava o dinheiro do lanche para comprar revistas e, na verdade, eu até sonhava em ter uma banca só minha, só para poder explorar todas aquelas possibilidades ali disponíveis.
E a "coleção Vagalume"? O que dizer da "coleção Vagalume"? Aproveitava todas as ocasiões possíveis (aniversário, dia das crianças, páscoa) para pedir livros dessa coleção de presente. "O escaravelho do diabo", "Scharion", "A ilha perdida", e o preferido: "Um cadáver ouve rádio".
Os livros de literatura, tão odiados pela maioria dos estudantes, e que eu adorava ler: "Lucíola", "Senhora", "O Guarani" e o preferido: "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Ainda hoje lembro claramente da dedicatória que o personagem principal faz nas primeiras páginas do livro: "Dedico esse livro ao primeiro verme que roeu as frias carnes do meu cadáver". Um livro contado a partir da morte do personagem até seu nascimento. Que ideia genial. Ainda me encanto com isso.
Pensei em fazer jornalismo. Queria escrever. Desisti. Desisti de escrever, assim como desisti de outras tantas coisas ao longo da vida. Se me arrependo? Não. Tudo tem seu tempo. Desisti de escrever, mas persisti em tantas outras coisas que acabaram me trazendo até esse momento. Então não, não me arrependo.
Enfim, eu adoro escrever. Adoro ler também, mas escrever é meu chão. Eu adoro escrever e não quero deixar de escrever nunca mais. Ainda que ninguém leia, eu quero escrever!"
Hoje eu escrevo, nesse blog, e até tem gente que lê! kkk... Eu adoro escrever e as palavras que escrevi até agora, neste texto, me fizeram sentir bem, me fizeram ficar 1% melhor (objetivo diário e que qualquer dia eu fala mais sobre isso).